quinta-feira, 22 de julho de 2010

Enquanto descanso deste mundo dos blog's deixo uma pequena história já contada. Volto em breve.



 Monet.

A casa caiada.
Em algum lugar, em algum momento, uma pequena casa de pintura caiada com o mar a sua frente. Em uma cadeira de balanço esta sentada a Paciência uma senhora de cabelos negros como a noite cheia de estrelas, uma pele rosada e um ar tranquilo, nas mãos um caderno e na mesa ao lado lápis de cores infinitas, desenhos que ela fazia sem pressa e cada um deles contava uma história de suas amigas Fé e Esperança, e nestes desenhos existiam muitos rostos que sequer haviam passado por sua praia. Em sua cadeira Paciência via todos os dias o nascer e o pôr do sol, durante o ano assistia o mar se revoltar e ficar parado em uma calmaria que estabelecia a harmonia entre ser e estar. Sempre recebia a visita de outra senhora a Sabedoria e esta tinha um pouco de todas as suas amigas, a Fé, a Esperança, a Sinceridade e também a Paciência, sua visita era cercada de muitas crianças chamadas Alegrias que corriam pela praia e molhavam os pés na espuma das ondas, sentadas ali as amigas desejavam que todos pudessem ter esta benção, conviver com tantas amigas e alegrias, contudo, sabiam que tudo com o tempo acaba chegando, e só a mãe de toda a Vida iria lhes proporcionar esta expectativa de espera e realização de sonhos. O amigo Tempo sempre chega sem pressa é faz toda diferença, deixando que as horas pareçam infinitas, os dias mais longos e as noites de luar mais extensas. E nesta casa a porta sempre esta aberta, para todas as amigas Emoções, Sentimentos, Razão, todos que por esta porta passa e senta na varanda da casa caiada de alguma maneira se transforma.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Não sei que nome dar...



Em um fim de tarde sentado na mais alta rocha perto do mar estava um anjo, contemplando a espuma e o barulho imponente do mar, respirando o ar salgado e sentindo o sabor do mar na boca, sorrindo de estar ali tão absorto e absorvido pela natureza e sua força, podia ir com seus olhos no fundo das águas e ver peixes, estrelas, corais e tudo lhe enchia de paz e admiração. Ao longe ouvia pessoas falando, crianças rindo, idosos suspirando e alguém nostalgicamente e solitário recordava sua juventude, então uma lágrima escorreu e o anjo a segurou e guardou no bolso de sua veste. Caminhando passou despercebido por todos, mas, o senhor o sentiu chegar e com seu olhar de tristeza sorriu para o anjo que estendeu a mão e entregou sua lágrima com um sorriso, o velho homem apenas num sussurro agradeceu. O anjo pacientemente explicou que ele colocasse sua lágrima perto do coração e se foi do mesmo jeito que chegou...
O homem então com as mãos tremulas, pois sabia que não era um presente qualquer acreditou e sentiu tudo que fez aquela lágrima cair e com um sorriso percebeu que o passado estava no seu lugar guardado, o presente era uma dádiva que ele recebia e o futuro viria de qualquer maneira e ele estando ali ou não havia deixado suas impressões e seu olhar eternizaria na sua alma aquele momento e todos os outros que ele iria viver...

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Um minuto.

Me peça um minuto que lhe darei todos, contudo não conte que estarei aqui...
O mundo gira, o tempo corre... meus pensamentos voam...
Meu amor se eterniza!


quarta-feira, 7 de julho de 2010

Palavras-Letras-Melodias


O ato: escrever é ter um olhar diferenciado do mundo que passa a ser lido por quem escuta aos olhos e lê com a alma, nesta troca metafórica existe a satisfação de ambos. A realidade sempre retratada em extremos de alegria ou dor por vezes o bom senso se vai, voa alto como a águia, mas a finalidade é única entreter e ser reconhecido. Informar e ensinar faz parte desta arte que perfaz o mundo pensar, calcular, decifrar e pesquisar. Nasceu o que ensina e também aprende o que ouve e se faz ouvir, aquele que junta idéias e as transforma em texto, são tantos anônimos que criam e poucos os que se destacam e se tal fato abala a criação? – claro que não, o prazer de imaginar, criar, encantar é individual, contudo compartilhado gratuitamente e assim cada contador de histórias senta a frente do papel e escreve, desenha, viaja, flutua, reflete e divide com o próximo que mesmo questionando e afrontando agradece e o que mais se pode querer senão a troca...
Cada vírgula e ponto podem pausar e finalizar uma história no momento, entretanto esta impressa e se eternizará se o autor será lembrado esta talvez seja a pergunta que só o tempo responderá. Cada palavra solta ao vento é como uma nota musical que compõe uma melodia, cada palavra no papel é o seu registro, o maestro espera ansioso e assim vamos criando soltando dó, ré, mi, fá, sol, lá, si aleatoriamente e milagrosamente harmonioso.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Fugaz.


Hoje a poesia veio e se foi veloz como o vento, musical como ondas que quebram na areia da praia cobertas de conchas, como o sol a se esconder nas nuvens, como um susto, como um orgasmo, como piscar dos olhos apaixonados e o entardecer ao canto dos pássaros, o brilhar das estrelas, foi veloz, mas, ainda deixou umas palavras soltas que eu desrespeitosamente juntei.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Poema Anônimo


Não acredita no amor...
 Não acredita em nada que dele vem.
Nem no sorriso, nem na lágrima.
Nem na rosa e nem no espinho.
 Hoje amarga em monocromático preto em branco.
Hoje indignação.
Hoje pergunta.
Do céu azul só vê a nuvem.
Na igreja não vê a cruz só sente o peso.
Da lágrima só o sal.
Do sabor o amargo.
No espelho a sombra.
Lembrança a dor.
Destas palavras nada leva.


O Brasil das Enchentes.

imagens retiradas da internet.


Enchentes, trombas d’água, enxurradas, alagamento, lama, lixo, doenças, pessoas desaparecidas e mortas, palavras ouvidas em todos os noticiários, então a pergunta é por quê?
A catástrofe que esta consumindo a força do povo nordestino já um tanto sacrificado, casa modestas cobertas de lama e lágrima todo o trabalho de uma vida o rio levou, pertences cama, ventilador, geladeira, televisor, pouca comida, roupas e documentos. Tudo muito assustador rostos enrugados e olhos tristes são o que aparece para falar e pedir ajuda pessoas andando na lama e tirando dela pedaços de alguma coisa que foi seu por anos, desespero, doações vem de todos os lugares, ainda assim parece pouco e por quanto tempo de ajuda serão necessários diante de tantas vidas que foram zeradas, milhares de desabrigados sem rumo. Olhos perdidos no tempo e no vazio, uma busca de que não se imagina ou se pode realizar. Nem adianta falar que palavras de conforto ajudarão estas pessoas tem fome, frio, desta maneira quem ouve ou consegue assimilar palavras de encorajamento. Surpreendente foi uma apresentadora de grande uma emissora de televisão perguntar a um homem que perdeu tudo como ele iria assistir ao jogo da seleção brasileira, existem comentários e perguntas que deveriam ser apagados, ou melhor, nem feito. Mas é assim cada um que sabe de seu sofrimento, de sua luta e da força que tem de buscar  para reconstruir sua vida tal como caranguejos que saem do mangue. 
Existem momentos que a realidade não bate e sim espanca o ser humano.