quinta-feira, 19 de maio de 2011

Passa.Tempo



É exatamente a hora que devia ser os ponteiros não param por minha vontade, nem posso me transportar para onde queria estar, como são impiedosas as horas, os minutos, cada segundo muda a nossa vida, nossos pensamentos são efêmeros, levam o tempo de ser criado, eternizado ou esquecido tic, tac, tic, tac, tic, tac...
Mesmo que por algum motivo o relógio pare, o tempo não, continuará a rodar o mundo, a voar os pássaros, a nadar os peixes, as ondas vêm e vão levando areia e trazendo de volta, o sol nasce e finda pela chegada da noite, assim nada pode deter o futuro que virá presente e torna-se passado e lá fica guardado no inventário do tempo...
São muitos minutos arquivados e cada um deles guarda um sentido de toda vida, do nascimento, do amor, da morte que fecha o documentário de cada um que junto com os ponteiros nervosos e aflitos em não parar chegam a tremer, no movimento da Terra e no piscar dos olhos aflitos ou sonolentos.
Por fim: Tempo...
Tudo que eu tenho é ter tempo sem achar que tenho, quando vejo que tenho não sei como usar por que acho que não vai dar tempo...

segunda-feira, 16 de maio de 2011

sexta-feira, 13 de maio de 2011

O Varal esta estendido!


Hoje será lançado o Varal Antológico, um projeto, uma comemoração da revista idealizada por Jacqueline Aisenman e da qual muito me honra e alegra participar e fazer parte deste movimento literário.
Aqui no Brasil estamos engatinhando no ato de formar novos leitores, ainda se precisa fazer muito diante deste problema que não é apenas cultural.
O Varal é livre de preconceitos, recebe todos que respiram arte, não há nele intelectuais pedantes, mas pessoas comuns que criam e se aventuram na arte, chegamos às vezes timidamente, com receios e ganhamos segurança ao ver a revista pronta e ao se ler e ler aos outros.
Agora armado o Varal esta lá estendido, inspirações, sonhos, propostas e dedicação. 


quarta-feira, 11 de maio de 2011

Elizabeth


A fúria das ondas contra os rochedos, ferocidade da senhora vestida de branco a comtemplar às chamas em um oceano coberto de fanatismo, cegueira de um homem e suas inferioridades, as guerras são tolas, pois apenas destroem sonhos e interrompem vidas, talvez a vitória na guerra seja perder sabendo que matou menos e diminuiu a penitência imposta ao sangue que banha terra e mar...
·       Não importa quanto de ficção e romantismo foi somado a história de Queen Elizabeth, a beleza do filme e Catherine Elise Blanchett uma atriz fantástica.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Missiva


Na partida viu-se um papel voando na nevoa de chuva, parecia ser novo de boa qualidade com letras nele em azul a tinta era também de boa qualidade, pois, não borrou com o vapor d’água, o que estava escrito naquele que paira no ar e rodopiava como se dissesse me apanha e decifra-me.
Quem teria confeccionado tal mensagem e por que ela fugirá do seu criador?
Seria talvez para não ser entregue ao destinatário?
O que ali estava escrito era cruel demais?
Nada seria respondido se não fosse lido por quem deveria receber o papel, quanta especulação em algo tão fútil que se deixa levar pelo vento.
De repente decidiu vou pegar e começou a pular feito bobo em uma dança desconexa e ridícula, falava para algo sem vida, “venha, venha...” o que o deixava mais tolo.
Quando por fim estava em suas mãos bateu uma insegurança, uma vergonha de como se tivesse se apropriado indevidamente daquele papel. Que curiosidade, como eu um homem adulto fico pulando atrás de um papel molhado...
Passados alguns minutos procurou um lugar seco e sentou para ler.
“Querida Melissa.
A noite chegou e promete ser de chuva e frio e sinto tua falta, quem dera pudesse estar deitado ao teu lado ouvindo teu coração, sorrindo do nada e vendo teu sorriso cumplice do meu. Ao entardecer tudo parece triste longe de ti, a chuva são minhas lágrimas dizendo que a saudade dói em meu peito, posso sentir o cheiro de teu perfume e a maciez de tua pele, contudo, não há tenho, haverá um remédio para tanta angustia?
Respondo-te, não.
Estamos com problemas de energia e telefonia parece que todos conspiram contra nosso amor. Só te peço minha amada Melissa não me esqueça, pois te guardo em meu coração, a luz da vela esta por terminar vou ainda escrever o envelope talvez chegue antes desta missiva.

Teu Saulo.”
O homem ficou perplexo segurando a carta na mão e sentiu uma tristeza enorme o que faria um homem se apaixonar e declarar isto a uma mulher?
Até então ele sentia que podia ser uma fraqueza e todos ririam dele.
Mas teve a dignidade de pensar e saiu como louco procurando algo e lá estava no arbusto preso como se esperasse ser encontrado um envelope endereçado.
O que ele fez ficou claro e assim em uma manhã de sol chegou às mãos de Melissa a carta de seu amor, entre sorrisos e lágrimas ela não tinha como responder, pois não havia como, Saulo não informou. Tanto amor sem resposta e a pergunta agora é, para que declarar um amor se não vai vive-lo?
Esta resposta nem o vento e muito menos o homem estranho poderá responder. 







sábado, 7 de maio de 2011

Histórias dentro de histórias inquietudes e Mulher. - O filme não serve como ilustração e nem base para o texto abaixo.



Ao amanhecer lá estava a mulher em seu jardim, cercada do silêncio e vez por outra achava ouvir um sussurro ou um risinho baixinho e simpático.
Era constantemente julgada pelo o que alguns chamavam de clausura, seu suposto isolamento a tornava um mistério e para outros uma coitada. Contudo aquela mulher tinha dentro de si um universo, acreditava não haver companhia melhor do que a sinceridade, seu conselheiro o livro que atualmente estava lendo, sua motivação provar a si mesma que era capaz de fazer muitas coisas novas e criar as mais belas histórias. Assim transformava aos poucos sua vida e a ordenava de forma que o pouco que passava do lado externo lhe machucasse menos. Talvez uma ilusão não querer aceitar que o inevitável existe e dele não se foge.
Traçar um caminho é mais difícil do que se imagina e o acaso sempre esta lá e alguns dizem haver o destino que já esta escrito, mas esta mulher, não queria enxergar esta realidade gritante apenas supunha poder controlar o caos.
Nos afazeres do jardim estava à prova que mesmo fazendo uma jardinagem perfeita a semente pode não brotar e ficar assim como ela isolada do mundo embaixo da terra, até que a natureza e sua força a faça estourar.
Assim como girino vira sapo, bulbo vira tulipa, pupa vira mosquito, menina vira mulher, não importando se querem ou não a vida acontece e só a morte pode detê-la.
Filosofices de uma pseudo- jardineira que queria escrever histórias para o mundo.
Os dias passam na velocidade devida e a rotina diária não abate a mulher que tem por destino descobrir se existe verdade em um mundo cheio de falsos amigos e imediatismos, onde a amizade leva o tempo de uma conexão e o fim dela uma exclusão onde aparece deletar. No jardim e nos seus livros mesmo a história não sendo sua podia mudar tudo isto, o problema conhecido é que o final ia permanecer o mesmo, assim sendo a mulher observou que ela podia mudar o seu mundo e respeitar o dos outros e aí sim seria o principio de tudo inclusive uma nova visão sobre o querer e o ser. O ponteiro parecia tartaruga com reumatismo e ia se arrastando como se de proposito para fazer a mulher pensar ou ficar mais confusa. Mas o que faz alguém desacreditar nos outros, o que faz com que as trancas das portas nunca sejam suficientes?
E que estas mesmas trancas sejam usadas no coração?
No fim do arco-íris existe um pote de ouro, gnomos e duendes existem?
O dia acabou como tinha que ser a mulher continuou vivendo com suas inquietudes como é para ser, a franqueza e a sinceridade continuam sendo sinônimo, amigos verdadeiros são sazonais?
Mas esta conversa da mulher com a enorme pedra do seu jardim continuará em outro dia.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Singing In The Rain - Singing In The Rain (Gene Kelly) [HD Widescreen]

Nada geralmente é o que parece...


Chuva fininha que dói nos ossos e lá ia aquele vulto magro caminhando como se não pudesse o molhar, pois, os pingos irregulares não atingiriam ilusão ou não nada parecia sugerir a criatura que poderia adoecer e também todos os locais que pudessem lhe abrigar passavam como se ali não estivessem, os pássaros permaneciam na incerteza das árvores e na duvida dos raios em qual acertar, os cães somem e para onde vão?- os gatos se aninham nos telhados com ou sem permissão, e aquela criatura parecia cumprir penitência imposta por pecado grave.
Continuava sua caminhada gélida, sem rumo e sem feição alguma nada esboçava nem raiva, tristeza, desalento, desapontamento, tudo parecia normal, não carregava desejo de morte e nem de vida, apenas caminhava na chuva.
Aos poucos o sol foi vencendo e timidamente apontou no céu e a criatura parou retirou a capa alongou o corpo e abriu um largo sorriso, bateu a capa com força espantando tudo que carregou por longos e penosos minutos, até pareceu que foi por horas a fio. Assim a criatura tornou-se um homem a caminho do seu trabalho e neste dia fugiu da rotina se transfigurou em algo que por mais assombroso que fosse despertou em alguns medo e em outros piedade.