sexta-feira, 18 de março de 2011

Sertaneja.



 


Na adversidade de um momento, da terra árida, em seu vermelho e alaranjado surge uma sombra de um ser irresoluto, miragem no deserto por entre mandacarus e palmas, união do feminino em luta contra os infortúnios, pele rachada como o chão e olhos secos sem lágrimas como açude sem água no sertão. Na cabeça uma lata com água cor de barro e gosto de lama salgada sem respingar na terra ávida por ela com ou sem gosto de nada, como chuva que nem chega a cair evapora no ar na quentura.
Assim se arrasta a mulher e o sertão, na espera da água do céu, para fazer florescer papoula e enfeitar os cabelos da morena em dia de ladainha na casa de pau a pique.










4 comentários:

Wanderley Elian Lima disse...

Vida sofrida, mas no fundo sempre carregam a esperança em dias melhores.
Bom fim de semana
Bjux

Ricardo e Regina Calmon disse...

NA ÍNTEGRA,O DIA A DIA DA NORDESTINA,SERTANEJA MULHER, A SAGA DO FEMININO,BELA E INTENSA LINGUAGEM,TODOS NÓS,ACREDITO ...QUE A PARTIR DE POST ESSE LER...SUSPIRA,QUANDO DE REPENTE,TERMINA,BEM HAJAS,EM DESENVOLVER TEXTO ESSE,INTENSO,DO CONTUNDENTE E DO UTERINO,SUSSURRADO,POR UMA ESCRIBA!

VALHA-ME MÉRE DE DIEUX,ATÉ DE LITERÁRIO COLUNISTA,AMALGAMEI E FORJEI,ÁRA DIZER O QUE SINTO,........E POTENCIAL TEU...COMO ...TUDO...DE UMA ...GUERREIRA MULHER ESCRIBA!

ADELANTE,MININA LITERÁRIA!

VIVA LA VIEEEEEEEEEEEEEEE

Regina Rozenbaum disse...

Renatinha amada!
Visual novo por aqui em sua "cabra da peste"? Adorei. Muié arretada prá escrever bacana.
Beijuuss

Graça Pereira disse...

Renatinha
Texto emocionante de gente pobre e triste mas carregada de esperança!
Adorei!
Mil beijos
Graça