Metades e inteiros.

Os anos vão passando e a única certeza que talvez tenham é que o tempo acaba para todos, não estou falando de morte, estou falando dos erros que deixamos e não consertamos das palavras que magoam e não pedimos perdão, da cegueira do amor que esta ao nosso lado e não nos damos conta, do sorriso de um amigo que não percebemos que os filhos crescem e este talvez seja o mais difícil de perceber, que aquela tela em branco nunca foi pintada por medo, que receio atrasa a vida, que gritar não faz ser ouvido e calar diante de certos casos tem o mesmo efeito, que rir e chorar tem a mesma importância, que ser inteligente não te faz sábio, ser sábio te faz importante quando usa esta sabedoria para ajudar, mas não te fará inteligente diante de alguém que só se preocupa com um diploma. Que nunca será o dono de verdade alguma porque ninguém talvez tenha.
Que perder um objeto de valor não será o fim do mundo, contudo perder alguém pode ser...

Quer ter objetivos não é ser ambicioso, mas, se for ambição ter certeza que não é crime algum, que viver bem é um direito, ser feliz uma obrigação mesmo que difícil, que ser triste demais cansa a todos e não atrai amigos e sim os afasta, que o dia tem  vinte e quatro horas e só usamos pouco mais da metade fazendo o que muitas vezes nem gostamos. 
Saber que este texto não acaba aqui e sim da partida para outros tantos...