Monet.
A casa caiada.
Em algum lugar, em algum momento, uma pequena casa de pintura caiada com o mar a sua frente. Em uma cadeira de balanço esta sentada a Paciência uma senhora de cabelos negros como a noite cheia de estrelas, uma pele rosada e um ar tranquilo, nas mãos um caderno e na mesa ao lado lápis de cores infinitas, desenhos que ela fazia sem pressa e cada um deles contava uma história de suas amigas Fé e Esperança, e nestes desenhos existiam muitos rostos que sequer haviam passado por sua praia. Em sua cadeira Paciência via todos os dias o nascer e o pôr do sol, durante o ano assistia o mar se revoltar e ficar parado em uma calmaria que estabelecia a harmonia entre ser e estar. Sempre recebia a visita de outra senhora a Sabedoria e esta tinha um pouco de todas as suas amigas, a Fé, a Esperança, a Sinceridade e também a Paciência, sua visita era cercada de muitas crianças chamadas Alegrias que corriam pela praia e molhavam os pés na espuma das ondas, sentadas ali as amigas desejavam que todos pudessem ter esta benção, conviver com tantas amigas e alegrias, contudo, sabiam que tudo com o tempo acaba chegando, e só a mãe de toda a Vida iria lhes proporcionar esta expectativa de espera e realização de sonhos. O amigo Tempo sempre chega sem pressa é faz toda diferença, deixando que as horas pareçam infinitas, os dias mais longos e as noites de luar mais extensas. E nesta casa a porta sempre esta aberta, para todas as amigas Emoções, Sentimentos, Razão, todos que por esta porta passa e senta na varanda da casa caiada de alguma maneira se transforma.